Foi o heat mais duro para Frederico Morais desde que aterrou no Hawaii mas o português avançou mais uma fase no último WQS do ano e vê o seu sonho ainda mais real!

Não houve unhas que aguentassem a pressão do heat que Frederico Morais acabou de realizar. De referir que este heat, principalmente depois de no heat anterior Ryan Callinan, o surfista que estava em 9º lugar do WQS, ter perdido, coloca Morais numa posição excelente para ser o segundo português na elite do surf mundial.

Tanner Gudauskas apanhou as melhores ondas e surfou-as com muito power, mostrando que o primeiro lugar dificilmente não seria seu. Do outro lado do espectro, Keanu Asing, que necessitava de uma excelente prestação para se garantir no WCT em 2017, não se encontrou e percebeu-se que o quarto lugar ficaria com ele.

Tivemos então uma batalha entre Morais e o americano mais português de todos, o já requalificado para o WCT em 2017, Kanoa Igarashi. Igarashi tinha a nota mais forte dos dois, um 7.17, mas Morais ficava em segundo graça a duas notas médias, um 5.93 e um 5.07. Foram mais de nove minutos de unhas roídas e extremas palpitações cardíacas ora porque parecia que vinham sets que não se materializavam ora porque parecia que Kanoa ia tentar arrancar em ondas que acabavam por não ser ondas.

Foi só a menos de 30 segundos do fim que entrou o último set do heat. Kanoa, com prioridade, arrancou na primeira, uma onda pequena mas que  foi provavelmente a onda surfada mais comprida de todo o evento até agora. As manobras que executou não foram por aí além, no entanto, mais do que suficientes para garantir o 3.83 que necessitava.

Portugal parou à espera de ver Kikas na próxima do set, e quando este arrancou acreditamos que ninguém respirou até ver o português cravar o rail por duas vezes e finalizar com uma junção numa onda bem sólida, ao mesmo tempo que se ouvia o tocar da buzina.

A explosão dos portugueses deve-se ter ouvido em águas havaianas quando saiu a nota de Frederico Morais, um 6.93, a sua melhor nota, e que lhe garantia a passagem do heat para a fase seguinte, o round 4.

Isto significa que Morais acabou de juntar mais 1000 pontos (isto perdendo em quarto na próxima fase) e que ultrapassou assim Callinan, ficando agora em nono lugar do WQS, ou seja, ainda mais dentro da elite no ano que vem.

Se no início do Vans World Cup of Surfing bastava um surfista atrás de Morais dar-se bem para empurrar o português para fora da elite em 2017, agora têm de ser dois surfistas a fazê-lo. E tendo em conta que já vamos entrar no round 4, a peneira começa a estreitar mais ainda e a probabilidade de Kikas concretizar o seu sonho é cada vez maior.

Nesta fase, como leste aqui, Morais tinha praticamente 10 surfistas que o poderiam empurrar para fora do seu objectivo e neste momento, desses 10, apenas dois, Davey Cathels e Soley Bailey, foram eliminados. Mas, como Morais sabe melhor que ninguém, a sua qualifiacação só deve depender dele e não dos resultados outros. Esses, se ajudarem, melhor mas Morais é daqueles surfistas que faz questão de não depender de ninguém se não de si.

O campeonato continua em directo AQUI!

VAMOS KIKAS!!!

 

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