Com ondas acima dos dois metros, o dia final da sexta etapa da ASP foi memorável!
Depois de uns dias de lay day, Jeffrey’s Bay acordou ontem com as condições que fazem desta praia uma das melhores do mundo. As longas direitas de J-Bay eram o palco perfeito para terminar a sexta etapa do WCT de 2014, pois ondas de dois metros sólidos varriam o line-up sul-africano.
Foram realizados três rounds até à grande final e muitos foram os heats emocionantes. Adriano de Souza, Taj Burrow, Medina e Fanning garantiram-se nos quartos de final, onde já os esperavam Parko, Wilkinson, Wright e Muniz.
Nos quartos de final, Parko usou o seu jogo de rail para eliminar de Souza; Wilkinson – que parece ter voltado aos resultados que merece – teve um heat renhido contra Taj e acabou por, no final, usar a sua prioridade para garantir que Burrow não fazia o 7.90 que necessitava; Wright – que tal como Wilko parece estar de volta – travou mais uma batalha de titãs mas esta contra Medina. Perto do final, Medina estava em primeiro mas Wright agarrou (mais) uma onda mágica, encaixou uma série de rasgadas e batidas e terminou com um excelente tubo, o que lhe valeu um 9.23 e um “carimbo” para as meias-finais. Fanning “despachou” Muniz no heat que, comparado com os anteriores, acabou por ser relativamente “fácil” para o australiano.
Seguiram-se as meias finais e nestes estavam dois dos mais regulares surfistas do tour no que a bons resultados diz respeito – Fanning e Parko – frente a dois dos surfistas que nos últimos anos mais batalharam por voltar aos resultados de topo – Wilko e Wright.
Parko começou a final frente a Wilko usando novamente o seu jogo de rail e rapidamente deixou Wilko a necessitar de duas ondas para o prejuízo não ser maior. Mas a sete minutos do fim, Parko deu a machadada final, dando dois tubos numa onda média mas que devido ao seu comprimento e intensidade lhe valeram a nota perfeita, um 10! Com sete minutos, tudo parecia perdido mas Wilkinson não desarmou e respondeu ao 10 de Parko com um 9.77. Wilko acabou por não conseguir uma segunda nota perdendo nas meias finais mas conseguindo o seu melhor resultado dos últimos anos no WCT, um terceiro lugar.
Na segunda meia final, Fanning voltou a usar a fórmula do rail para garantir o lugar na final, deixando Wright com o seu melhor resultado até ao momento, tal como o seu conterrâneo Wilko.
Na derradeira final, os coolie kids defrontaram-se que nem gigantes com Parko a começar o heat com um 7.43 graças a vários carves. A nota poderia ter sido excelente caso Parko não tivesse caído no tubo. Pagou o errou bem caro pois Fanning, na sua primeira onda, deu dois tubos na mesma onda e abriu com um 9 pontos! Uns minutos depois, e Fanning colocava um 7.33 e logo de seguida um 8 pontos, deixando Parko numa situação complicada. Parko respondeu com um 7.43 mas ficou a necessitar de uma nota quase perfeita caso quisesse vencer mas acabou por não a conseguir encontrar.
Fanning acabou por conseguir a sua segunda vitória no WCT em 2014, relançando-se com mais força na luta pelo título. Fanning subiu para a terceira posição do ranking, enquanto Parkinson subiu para a segunda. O líder é Gabriel Medina mas na realidade neste momento está empatado com Fanning pois tirando os piores resultados de cada um, ambos têm dois primeiros e dois quintos.
Em quarto está Taj e em quinto Michel Bourez. Slater encontra-se em sexto lugar e se quiser lutar pelo seu 12º título à seria convém começar a colocar vitórias ou segundos lugar (de referir que este ano Slater ainda não fez nenhuma final, algo incaracterístico para o americano nesta altura do ano). A vantagem de Slater neste momento é que ainda pode “errar”, ou seja, ter mais um mau resultado, ao contrário dos seus adversários que já não têm margem para mais maus resultados.
O tour segue para uma das etapas mais empolgantes, o Billabong Tahiti Pro, uma etapa onde Slater sempre se destacou e poderás ser nesta que poderá baralhar ainda mais as contas. Por outra lado, Slater sempre brilhou em JBay e este ano foi decepcionante para ele. Uma coisa é certa, este promete ser o ano que mais disputa terá na decisão do título de campeão do mundo!
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